Segundo a fundadora da Face It, os cosméticos que não contém ingredientes de origem animal são uma tendência cada vez maior na indústria da beleza
Uma tendência que está crescendo cada vez mais é o estilo de vida “slow”, ou “lento”. Na beleza, por exemplo, a ideia é apostar em produtos conscientes, que não tenham químicos agressivos, ingredientes de origem animal ou não sejam testados em animais. Mas, afinal, como identificar quando um produto se encaixa nessa categoria de “cosmético vegano”?
Em entrevista exclusiva ao Delas , Julia Barroso, cofundadora da Face It, explica que a dica para entender o cosmético vegano está na embalagem. Essa pode até ser uma informação óbvia, mas o que importa, diz ela, é reconhecer um detalhe: quais selos estão ali.
“É importante ficar atenta aos selos para saber o que realmente é aquele produto. Isso porque os selos são a resposta se aquele cosmético passou por uma inspeção e teve a aprovação de órgãos regulamentados. Se você ver o selo ‘cruelty-free’, por exemplo, vai entender que aquela marca não testa em animais. Porém, isso não significa que ela seja vegana, já que há outro selo, ‘vegan’, que atesta a ausência de ingredientes de origem animal “, comenta a empresária.
No rótulo também devem estar todas as informações sobre composição, então também será possível verificar se há a presença de materiais sintéticos ou se, caso contrário, o produto é orgânico. Ingredientes agressivos à pele, como parabenos ou silicone , também devem estar listados, assim como quaisquer outro material que prejudique a saúde.
É importante lembrar que para que um produto seja considerado 100% verde, é preciso que ele carregue esse conceito durante toda a cadeia de produção, ou seja, além de não ter nenhum ingrediente de origem animal, também não deve utilizar matérias primas naturais, testar em animais ou ter uma embalagem que não seja biodegradável.
Para Julia, essa é uma ideia que está crescendo cada vez mais. “Acredito que é um futuro que já chegou e não tem mais volta. Não tem como as marcas não se adaptarem a isso, entendendo que o mundo mudou e que o próprio consumidor pede por essa ‘beleza lenta’, quando menos é mais. Então, quanto menos químico ou menos ingredientes de origem animal para ter um cosmético vegano, é melhor”, comenta.
Quais são os significados dos símbolos?
Existem muitos selos, especialmente internacionais, que explicam se um produto tem origem animal, ingredientes orgânicos, etc. Para te ajudar a entender melhor, o Delas selecionou os mais conhecidos e qual o significado de cada um:
“Cruelty Free”: Controlada pela ONG PETA, o símbolo de “sem crueldade” sinaliza quando a marca e o produto não realizam testes em animais para nenhum dos ingredientes, fórmulas e/ou produto final.
“Natural and Organic”: Significa que a marca utiliza ingredientes 100% naturais e orgânicos, sem matérias primas de origem animal ou animais para teste. Segundo a Ecocert , no Brasil um produto precisa ter, no mínimo, 95% das matérias primas orgânicas para ter esse selo.
“Leaping Bunny”: Verificado pela Cruelty Free International , o símbolo do coelho pulando, o “Leaping Bunny” é considerado o símbolo de maior credibilidade, já que para obtê-lo as marcas precisam concordar com auditorias a cada três anos.
“Vegan”: O selo vegano, da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) é dado não à empresa ou marca, mas para cada produto, e certifica que o produto não tem origem animal.
“Cruelty Free and Vegan”: Também certificado pela PETA, o coelho que tem as orelhas em forma de certifica o produto, além de não testar em animais, possui a fórmula 100% vegana.
“Certified Vegan”: O coração com a letra “V”, cerificado e emitido pela Vegan Action , não exige testes e auditorias dos produtos. O certificado de cosmético vegano é através de documentos que comprovem que a produção não envolve ingredientes de origem animal.
Fonte: Delas