A exposição ao sol faz parte da rotina de muitas pessoas, mas sem a proteção adequada pode trazer riscos à saúde. Queimaduras, manchas e câncer de pele estão entre as consequências mais comuns da radiação ultravioleta (UV). Dermatologistas recomendam o uso e reaplicação constante da proteção solar para reduzir os riscos em todas as estações do ano, não apenas no verão.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) indica a quantidade ideal de aplicação: uma colher de chá rasa para rosto e pescoço, e cerca de três colheres de sopa para o corpo todo. Porém, aplicar uma única vez não é suficiente: a reaplicação do protetor solar é essencial para garantir a eficácia do produto, especialmente em situações como idas à praia ou piscina.
Em conversa com o Estadão Recomenda, a dermatologista Ligia Novais, especialista pela SBD, explica: “Sem exposição solar direta, o protetor pode ser aplicado pela manhã e reaplicado à tarde. Em casos de exposição ao sol, é fundamental reaplicar a cada 3 horas ou sempre após contato com água do mar ou piscina.”
Na hora da escolha, o tipo de pele é um fator importante para a adaptação do produto para quem tem pele oleosa. Opções com textura leve, livres de óleo e acabamento opaco tendem a oferecer melhor aceitação. Já quem tem pele sensível ou seca pode se beneficiar de protetores com propriedades hidratantes, que ajudam a manter a barreira cutânea equilibrada.
A seguir, confira um guia completo sobre proteção solar. Nele, apresentamos as diferentes categorias de protetores, dicas práticas de aplicação e sugestões de produtos para cada situação, com base nas orientações da especialista.
Qual a diferença entre protetor solar físico e químico, e como escolher o mais adequado?
Protetores físicos: contêm ingredientes como óxido de zinco e dióxido de titânio, que criam uma barreira na superfície da pele. “Quando a radiação atinge a pele, é refletida, sem causar danos às células”, explica a dermatologista. Por minimizarem o risco de irritação e alergias, esses protetores são ideais para peles sensíveis.
Protetores químicos: absorvem a radiação UV e a convertem em calor, evitando que a radiação penetre na pele. “O filtro químico funciona como uma esponja, enquanto o filtro físico age como um escudo”, complementa a dermatologista. Com uma textura mais fluida, esses protetores são ideais para peles oleosas.
Protetores híbridos: combinam ingredientes presentes em filtros físicos e químicos. Por conta da junção, os híbridos se adaptam melhor a diferentes tipos de pele (oleosa, seca, normal e sensível).
Quanto tempo antes da exposição ao sol devemos aplicar o protetor solar?
A dermatologista recomenda que o protetor solar seja aplicado cerca de 20 minutos antes da exposição ao sol. Essa prática assegura que o produto tenha tempo suficiente para formar uma barreira sobre a pele, maximizando a proteção contra os raios UVA e UVB. É importante também garantir que a quantidade utilizada seja adequada e que o protetor esteja bem espalhado em todas as áreas.
Vale destacar que os filtros solares físicos oferecem proteção imediata ao refletir os raios solares. Isso significa que a proteção pode ser considerada eficaz assim que o produto for aplicado. Independentemente do tipo de filtro solar escolhido, a reaplicação ocorre a cada duas horas, ou após atividades como nadar ou se enxugar.
Dicas para uma proteção completa
- Atenção às áreas sensíveis: orelhas, mãos, pés e lábios também precisam de proteção;
- Se for nadar ou se exercitar, prefira protetores resistentes à água: sempre seguindo as instruções de reaplicação da embalagem;
- Evite o sol mais intenso: entre 10h e 16h, os raios solares são mais fortes. Se puder, busque sombra e proteja-se ainda mais nesse horário.
Fonte: Estadão