Rosácea na gravidez: 6 dicas para manter o equilíbrio da pele

Quando eu fiquei grávida, uma das minhas maiores preocupações era a minha pele, pois tenho rosácea moderada que trato há muitos anos, com vários produtos e procedimentos estéticos diversos que sabia que não poderia continuar usando/fazendo. Dias antes de ter a confirmação da gravidez, tive uma crise séria e cheguei a agendar uma sessão de laser que nunca fiz, mesmo depois da minha filha ter nascido, pois durante a amamentação, pelo menos nos primeiros meses do bebê, é recomendável manter suspensos os produtos que podem de algum modo “ir para o leite”. Foi o que fiz.

Entretanto, com alguns conselhos e o aval da minha dermatologista da época, alterei o modo que tratava a minha pele e passei a tentar entender melhor o que desencadeava as crises, quais eram as consequências do meu comportamento (tanto alimentar como com os cuidados diários) e o que poderia ajudar sem necessariamente ser um dermocosmético, medicamento ou procedimento estético.

Essas mudanças ajudaram muito a minha pele nesses quase dois anos. Arrisco dizer que poucas vezes minha pele ficou tão bonita, e eu passei por uma gestação sem nenhum problema de rosácea, acne ou desequilíbrio, por isso acho que essas dicas podem ajudar algumas pessoas que estão nessa fase ou passando por essa situação.

Vale frisar que minha rosácea não é hormonal, que eu não sou uma profissional especializada no assunto (tudo foi resultado de uma experiência pessoal) e que, embora nada do que será indicado aqui envolva medicamento, dermocosmético ou procedimento estético, é muito importante sempre consultar um médico, principalmente nessa fase tão delicada e complexa.

Rosácea na gravidez: como manter o equilíbrio da pele

1. NÃO LAVAR O ROSTO NO CHUVEIRO

A água quente do chuveiro direto no rosto me fazia muito mal, mas eu demorei para perceber. O que era notável era o ressecamento da pele logo após o banho, mas a piora da rosácea levava algum tempo para acontecer, então associava a outras coisas. Passei a limpar e lavar o rosto com água fria antes do banho, não enxaguá-lo e não molhá-lo no chuveiro, e hidratá-lo após o banho, assim aproveitava os poros dilatados com o calor do banheiro, o que auxiliava na absorção do hidratante.

2. ÁGUA TERMAL COMO ÚLTIMA ÁGUA

Eu sempre usei água termal, mas nesse período passei a levar o produto mais a sério. Usava água termal mesmo depois de lavar o rosto e depois do protetor solar. Nos dias mais quentes fazia muita diferença, e nos mais frios, potencializava a hidratação.

3. CABELOS E UNHAS

Quando minha pele ficava um pouco mais ressecada, coçava muito. Mesmo sempre evitando tocar o rosto, sabia que poderia ter momentos em que isso seria inevitável, então resolvi manter as unhas mais curtas do que o que costumava usar – o esmalte parei de usar por conselho médico, mas não era uma orientação rígida -, assim não correria o risco de agredir a pele. Outra coisa que notei é que ao acordar, a pele do rosto estava mais pesada e reparei que tinha a ver com o cabelo, que era mais longo e tocava o rosto enquanto dormia, transferindo produto dos fios para a pele. Passei então a dormir com o cabelo preso num coque alto ou com toca de seda/cetim, assim não deixava de usar os produtos que usava no cabelo e eles não irritavam meu rosto.

4. TOALHA EXCLUSIVA

Separei uma toalha só para o rosto, não secava nem as mãos com ela. Ela era lavada a cada três dias separada das demais peças de roupa – inclusive das outras toalhas – e sem o uso de amaciante, apenas sabão líquido hipoalergênico ou para bebês.

5. CHÁ DE CAMOMILA

Meu parto foi no meio de dezembro, então peguei dias bem quentes e já na etapa final da gestação, em que estava bastante ansiosa e já cansada, fatores que refletiram na minha alimentação e, consequentemente, na rosácea. Para acalmar a pele, lavava o rosto ao menos uma vez por dia com chá de camomila frio. A camomila tem ação calmante e anti-inflamatória comprovada, então auxiliou na diminuição da vermelhidão e na sensação de calor no rosto.

6. SABONETE EM ESPUMA

Um dos poucos produtos que não deixei de usar foi sabonete para pele sensível (além do protetor solar, da água termal e do hidratante), e mantendo o cuidado de tocar a pele o menos possível ou não usar coisas abrasivas, passei a lavar o rosto com a espuma do sabonete, diluindo ele na mão até formar uma espuma cremosa ao invés de aplicá-lo diretamente, depositando mais produto na pele.

Algumas dessas dicas são coisas simples ou corriqueiras, outras eu até já tinha conhecimento, mas não fazia. Minha proposta aqui é relatar como elas me ajudaram especificamente na fase da gestação e mesmo depois, durante os primeiros meses de amamentação. Elas foram tão eficazes que mantenho algumas até hoje, outras eu uso quando a pele está em crise. O ponto forte de cada uma delas é não ter efeito colateral ou contra-indicação, além de custo bastante baixo. Pode parecer muita coisa, mas são facilmente introduzidas na rotina e uma vez feitas, não dá trabalho manter.

Acho importante relatar também que não tive nenhuma crise alarmante de rosácea, e tenho certeza de que foi por esses procedimentos, que fiz desde o começo. Mas se tivesse tido algo ou sentido que nada estava funcionando ou tendo um efeito negativo, não exitaria procurar um médico.

Fonte: Superela

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