Saiba como evitar oito problemas de pele comuns no verão

Exagerar na exposição ao sol e na tradição de virar um “camarão” durante o verão pode desenvolver desde doenças dermatológicas mais simples até casos mais graves. Os maiores vilões dessa história são os raios nocivos UVA e UVB, já que na estação do ano a incidência solar está mais perpendicular e fica mais concentrada. Além disso, os ambientes da praia e da piscina potencializam sua propagação.

Na praia, a radiação ultravioleta vem de cima para baixo e de baixo para cima. Ela se reflete na areia e na água do mar, e também no sal marinho em suspensão na evaporação. Por isso que, mesmo quem está debaixo do guarda-sol, pode se queimar. Na piscina há incidência de reflexos na água, mas na praia é pior.

No entanto, é fácil driblar dores de cabeça trazidas pela exposição solar prolongada. Basta tomar medidas simples, como o uso correto de protetor solar, que deve ser aplicado diariamente, em qualquer estação do ano, mesmo com o tempo nublado.

Conheça oito problemas dermatológicos comuns na temporada de calor e saiba se proteger.

1. Queimadura solar

A exposição intensa à radiação ultravioleta pode levar às queimaduras da pele. Geralmente, aparecem dentro de poucas horas após tomar sol por muito tempo e com baixa proteção. Além do vermelhão, pode formar bolhas, dar febre, calafrios e dor de cabeça. Nesses casos mais extremos, é ideal procurar um médico, pois o caso pode virar uma insolação.

A melhor forma de evitar as queimaduras, assim como outros problemas de pele provocados pelos raios UV e até algumas doenças comuns na estação, é usar protetor solar sempre, roupas leves e com FPS (Fator de Proteção solar) e ingerir bastante líquido, assim como manter uma alimentação mais leve para a temporada.

2. Acne solar

Desespero dos adolescentes, a acne vai além dos hormônios e pode surgir justamente por causa das altas temperaturas do verão —e em pessoas de qualquer idade. A incidência é mais comum no rosto, pescoço, ombros, tórax e costas, e as populares espinhas costumam surgir alguns dias após a exposição intensa dessas regiões ao sol.

O problema acontece pois a exposição solar sem fotoproteção primeiro resseca a pele e, em seguida, provoca um efeito rebote que produz sebo em excesso, como tentativa de reidratá-la, facilitando o surgimento da acne. Tanto a água da piscina (com muito cloro) quanto a salgada também contribui para esse processo e ainda agrava os quadros de oleosidade.

Além de sempre proteger as áreas do corpo que as roupas não cobrem —cabeça, pescoço, membros superiores e colo — a melhor estratégia nesse caso é abusar do protetor solar. Lembrando de sempre preferir produtos com FPS acima de 30 e, sempre que possível, de acordo com o seu tipo de pele. Outro passo eficaz é tomar uma ducha de água doce e hidratar a pele após sair da praia ou da piscina.

3. Erupção de calor

É diferente da acne, porém tem aspecto semelhante. As erupções de calor ocorrem quando as glândulas sudoríparas da pele são bloqueadas e o suor não consegue evaporar. Isso causa uma inflamação que resulta na tal erupção, que vem acompanhada de pequenos inchaços vermelhos na pele e sensação de coceira.

Para evitar, lance mão do uso de roupas adequadas para dias quentes e úmidos, de preferência largas, leves e de cores claras. O uso comedido de ar-condicionado e ventilador para arejar o ambiente é também um artifício poderoso.

4. Ressecamento e irritação da pele

O ressecamento ou irritação da pele acontece, em especial, quando a hidratação não ocorre de maneira correta. Para evitar, é essencial, além do protetor, o uso de hidratantes com ácido hialurônico, tomar banhos com água morna e evitar sobrecarregar o rosto com maquiagem. A mistura da oleosidade aumentada da pele com a sudorese e cosméticos, além da própria radiação, agrava o quadro de secura.

É também importante manter a hidratação da pele com produtos específicos. Existem cremes e loções hidratantes para cada região do corpo, além de loções pós-sol e protetores solares adequados para cada tipo de pele.

Mesmo que não haja exposição prolongada ao sol, o próprio clima e incidência geram um estado de maior desidratação. Portanto, sempre tome bastante água ao longo do dia. Sucos e água de coco também são aliados para resgatar a hidratação e manter a pele saudável.

5. Foliculite

Acontece quando os folículos da pele, que são os buraquinhos onde nascem os pelos, infeccionam. A foliculite se assemelha às espinhas, porém com coceira e sensibilidade. Geralmente, é provocada por uma bactéria, mas no verão pode ter como causas o uso de roupas muito justas ou que retêm umidade e calor (que irritam a pele com o atrito), picadas de insetos e a acne.

Uma boa dica, além de usar roupas largas, claras e com tecidos leves, é esfoliar a pele três dias antes da depilação, para remover células mortas. Também entra nessa lista evitar piscinas e banheiras de hidromassagem se não tiver certeza que os níveis de ácido e cloro estão adequadamente controlados.

6. Alergia solar

A alergia solar é uma reação inflamatória do sistema imunológico aos raios solares UVA e UVB. Ela geralmente aparece na forma de vermelhidão com coceira e bolinhas brancas ou avermelhadas na pele, em regiões mais expostas como braços, mãos, colo e rosto.

Nesse caso, a melhor sugestão é que o diagnóstico e o tratamento sejam feitos por um dermatologista. Mas, para evitar o problema, são medidas importantes beber bastante líquidos para hidratação constante do organismo e o uso responsável do protetor solar.

7. Melasma

Os melasmas são manchas de cores acastanhadas, planas e lisas, que aparecem em áreas excessivamente expostas ao sol. Elas surgem principalmente no rosto, mas podem também aparecer em outras regiões do corpo. No verão, a melhor medida para evitar é o bom e velho protetor solar.

É indispensável usar diariamente o produto com fator de proteção solar de pelo menos 30 e que seja resistente à água. Ideal é aplicar principalmente nas regiões mais expostas, como o rosto e braços. É necessário, além disso, reaplicar o produto a cada duas horas e sempre que houver excesso de suor ou contato com a água, além de evitar o sol entre 10h e 16h.

8. Micoses

Apesar de não ter relação direta com a exposição aos raios UV, tem tudo a ver com o verão. Isso porque a umidade do ar elevada e o uso frequente de roupas úmidas (de suor ou água do mar/piscina) estão entre as principais causas de infecções de pele como micose e frieira. Motivo: o ambiente quente e úmido cria um ambiente propício para a proliferação de fungos e bactérias.

Entre as regiões mais afetadas pela sudorese estão, principalmente, pés e virilhas. Para evitar o aparecimento de doenças, uma boa dica é secar bem os pés e as dobras após o banho, usar roupas leves e frescas, de tecidos naturais, evitar locais muito abafados e não ficar com biquíni, sunga ou outras peças molhadas por muito tempo.

Fonte: Vivabem

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